domingo, 21 de outubro de 2012

Eu quero nós.

Eu quero nós. Mais nós. Grudados. Enrolados. Amarrados.
Jogados no tapete da sala. Nós que não atam nem desatam.
Eu quero pouco e quero mais. Quero você. Quero eu. Quero
domingos de manhã. Quero cama desarrumada, lençol, café e
travesseiro. Quero seu beijo. Quero seu cheiro. Quero aquele olhar que não cansa.

C.F.A

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Eu e o Hip Hop.

Ao som do primeiro disco de Emicida, começo essa historia.
Lembro claramente de alguém me  perguntando: "Você quer ser o que quando crescer?!", e eu com toda alegria do mundo, respondi: "Quero ser repista!" (pessoa que canta rap!), até hoje os familiares lembram disso. Minhas referências de rap eram Marcelo D2, Charlie Brown Junior, Racionais, Sabotagem, eu era uma adolescente viciada em MTV, vivia vários movimentos naquela época, mas o hip hop, sempre me fascinava, encantada com clipes de Eminem, achava ele extraordinário, queria ser igual as "mina" que rimavam nos clipes, junto com Snoop, 2pac, J.Rule, 50 Cent, entre vários outros, tinha disco que meu irmão trazia de viagem pra mim, e era só hip hop, M.J Blige foi um dos primeiros, sempre fui apaixonada. Nunca imaginei ir em um show de Hip Hop na minha vida, nem sabia que existia esse movimento aqui, que existiam pessoas fazendo isso, até que em 2007 fui apresentada a "Batalha de Freestyle", conheci alguns rimadores daqui, e daí sugiram as pesquisas sobre o movimento em Salvador.
Em Setembro de 2009, fui no meu primeiro show de Rap , meu olhos brilhavam, a Praça Tereza Batista lotada, eram várias bandas, mas o que ficou cravado na memoria foi o show incrível da Versus2, e o do Emicida.
Gente, foi o primeiro show de Emicida em Salvador, lançando "Pra Quem Já Mordeu Um Cachorro, Por Comida, Até Que Eu Cheguei Longe", passaria horas escrevendo, e ainda sim não encontraria uma forma de descrever tamanha felicidade, Fióti no meio da galera vendendo a mixtape a R$2,00, várias pessoas querendo tirar foto, uma loucura. Eu senti a energia das pessoas que compõe o movimento, senti que o Rap não distanciava "artista" e público, parecia uma coisa só, no final era realmente uma coisa só.
Me senti acolhida, chorei de emoção e falei disso a semana inteira. Não eram só pessoas vestidas com calças largas, pisantes legais e casaco de capuz, era uma família, pessoas que conhecia outras pessoas, e olhavam pra elas com olhar de admiração. Foi lindo.
No final do show eu tremia , consegui entrar no camarim improvisado, tirei foto com Emicida, ele assinou na minha mixtape, e fui a adolescente mais feliz do mundo. O Rap me deu esse presente.
Em 13 de Novembro de 2009, eu fui na primeira Batalha de Free (Fora de Orbita), realizado pela Positivoz.
Estava no show de Maria Gadú, que acontecia no mesmo dia no Pelourinho, trilhei o caminho até a Zauber Multicultura sozinha, porque minha vontade de estar em uma batalha de free era maior que o medo de andar sozinha pelas ruas de Salvador naquela madrugada, lugar escuro, sinistro. Assustada e sozinha, mas feliz. Conhecia algumas pessoas, assisti uma celebração daquelas de tirar o folego, valia uma ida pro Rio de Janeiro, os meninos fizeram bonito. Mais uma vez, foi lindo.
Desde então vivo esse movimento, não rimo, não canto, não faço beat, não sou grafiteira e nem sou Dj, mas admiro profundamente, quem amorosamente faz isso com o coração, conheci  homens incríveis que hoje chamo de irmãos. Como não amar a cultura Hip Hop?
Admiradora e apaixonada por essa cultura, vivo, visto, sinto, ouço, divulgo, compartilho, escrevo sobre, critico, choro, respiro o Hip Hop, do meu modo, e de coração.
Mais uma vez eu digo: Obrigada Hip Hop, por me deixar fazer parte disso.




"Acho da hora observar os caras que faz por moda,
pois 
isso sempre me mostra, o quanto os verdadeiro é foda..."

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Por Erika Mader

"Meu trabalho exige que eu esteja no palco. Quando fora dele, sou cercada por câmeras e holofotes. Essa é a minha profissão. Esse é o meu ganha-pão. Mas enganase quem pensa que somente nós, atores, é que gostamos de um palco. Acho até curioso quando ouço alguém dizer que detesta falar para a câmera ou que não entende como eu consigo me apresentar em cima de um palco. A verdade é que o mundo está rodeado de palcos. Uns com tablado de madeira, luzes apontadas e uma plateia em frente, outros disfarçados, travestidos de lugar-comum. Uns até virtuais, com mural, álbum de fotos e páginas de fãs. Um segurança de porta de festa fazendo questão de barrar a celebridade sem convite, um advogado discursando em tribunal, um médico palestrante, um professor ou até mesmo um empresário exibindo a sua incrível apresentação em Power Point para a firma são atores em plena ação. Uns bons, outros nem tanto. Mas todos querem um p
alco. Todos têm o seu palco, como já nos adiantou Guy Debord, identificando a nossa atual sociedade dos espetáculos. A cultura dos blogs de moda conseguiu transformar até as ruas da cidade em passarelas. Palcos.
As meninas caminham como se desfilassem na semana de alta-costura de Paris. Mas com um estilo carioca-florido-despojado de ser. Uma despretensão. Um desapego. São todas atrizes à procura de um diretor, de um repórter para registrá-las e elevá-las à condição de cool. E elas vão virar referência para outras atrizes que também querem ser cool. E ser cool é um tipo de atriz em alta no mercado de formadores de opinião. E voltamos ao assunto com o qual iniciei esta análise. Como atriz, fico aliviada em saber que o meu palco tem dimensão, não é tão abstrato assim. Sabemos quando a cortina se fecha ou as luzes se apagam. É nesse momento que nos transportamos para novos personagens. De filhas, mães, irmãs, tias, esposas, mulheres e amigas.

O que venho observando ultimamente é um grande número de pessoas presas a personagens eternos. Máscaras que nunca caem. Holofotes permanentes. Precisamos conhecer o limite do nosso palco e aproveitar o tempo livre do break. Não há nada melhor do que descansar no intervalo. Respirar. Sem máscara, maquiagem ou figurino. O mais libertador momento. O do não ser."

quarta-feira, 1 de agosto de 2012




(...) "Naquele instante ele percebe, o ser que está recebendo a prece, que realmente a amizade não está ligada aos elos biológicos, amizade é o amor sublimado, na sua mais alta essência divina. Amizade é o sentimento mais puro que envolve a terra. Amor e paixão passam em várias experiência reencarnatórias, mas, a amizade são os companheiros de sempre, nas alegrias de sempre."


Autor: Bezerra de Menezes
Psicografia de Shyrlene Soares Campos



Dedicado aos meus, os de ontem, os de hoje, os de sempre.

Dai Costa