sábado, 26 de setembro de 2009

Mais bonito, bem mais colorido...



Viva la vida.

Encerrando ciclos. Não por causa do orgulho, por incapacidade, ou por soberba, mas porque simplesmente aquilo já não se encaixa mais na sua vida. Feche a porta, mude o disco, limpe a casa, sacuda a poeira. Deixe de ser quem era, e se transforme em quem é. Torna-te uma pessoa melhor e assegura-te de que sabes bem quem és tu próprio, antes de conheceres alguém e de esperares que ele veja quem tu és.. E lembra-te:
Tudo o que chega, chega sempre por alguma razão.


(Fernando Pessoa)

terça-feira, 22 de setembro de 2009

ENFIM...

' você ainda vai, amar e odiar a mesma pessoa, vai querer morrer e vai querer viver mais, vai se perguntar o porque de gostar, o porque de amar! Vai rir das coisas que passou, vai rir de como você era, de como você é, e de como você pensa ser. Vai querer mudar de nome, vai querer ser outra pessoa, vai perceber que você mudou muito, ou que você sempre foi a mesma pessoa! Vai querer rir com vontade de chorar, chorar com vontade de rir, vai acreditar e desacreditar, vai se perder em sua própria vida, vai arriscar mesmo sabendo das conseqüências. Vai deixar de tentar por medo, duvidas, vai se arrepender, vai querer voar. Vai querer sumir, se mudar para outro país. Vai querer recomeçar, mesmo nunca tendo começado, vai fazer planos com outra pessoa, mesmo ela nunca ter feito parte disso. Vai depender de alguém, vai pedir ajuda. Vai perder o orgulho. Vai perceber que mesmo sendo sempre a mesma pessoa, você nunca é você mesmo.

Mãe Hilda Jitolú, força da negra afro brasileira (...)




" Hoje a manhã do Curuzu no bairro da liberdade começa com o sol diferente sem o brilho de todos os dias; é que a candace do Ilê Axé Jitolu partiu para o orum. As candaces são rainhas mães, mulheres de sangue real, corajosas guerreiras que ocuparam posições proeminentes, status importantes, funções políticas, sociais e culturais, que assumiram a totalidade do poder durante três gerações sucessivas no Reino Império de Cush. E aqui no Brasil, especificamente na Bahia, Curuzu, Senzala do barro preto uma importante candace, deixou mais de cem filhos e filhas-de-santo e um legado de sabedoria não só para sua família biológica e religiosa, mas para o mundo.
Ontem, dia 19.09. faleceu aos 86 anos, Hilda Dias dos Santos, a matriarca do Bloco Afro Cultural Ilê Aiyê; Mãe preta, Dona Hilda, Mãe Hilda Jitolu, assim que muitas pessoas conheciam esta yalorixá que nasceu no bairro de Brotas, em Salvador. Casou-se com Waldemar Benvindo dos Santos e teve cinco filhos, entre eles, Antônio Carlos dos Santos, (Vovô Presidente do Ilê) Dete Lima e Vivaldo , todos diretores da instituição.
Aos vinte anos de idade mãe Hilda foi convocada pelos orixás a trilhar o seu odu religioso e nove anos depois, fundou o terreiro Ilê Axé Jitolu, o qual comandou por mais de 50 anos.
Uma mulher decidida nos momentos importantes, acolhedora, observadora, incentivadora dos projetos culturais e guardiã dos conhecimentos ancestrais, assim podem definir Yá Jitolu.
Outra contribuição importante desta sacerdotisa foi a fundação da Escola Mãe Hilda Jitolu em 1988, um espaço educacional que preserva os saberes da cultura africana para além do sagrado e eleva a auto-estima não só das crianças como das famílias na comunidade.
Esta candace teve um papel fundamental na reconfiguração identitária do povo do curuzu e da comunidade negra, pois em 1974 quando o bloco Afro Cultural Ilê Aiyê saiu da senzala do barro preto na Liberdade e desfilou no carnaval de Salvador com uma conotação positiva dos afro descentes, reafirmando o seu grupo de pertencimento e visão de mundo, Mãe Hilda com o seu axé, sob a sabedoria de Obaluê, abriu caminhos para o mais belos dos belos de casa de taipa tornasse concreto, e fosse reconhecido, mundialmente, como o Centro Cultural Senzala Do Barro Preto. Como na canção a força do ilê, força essa que não seria apenas do Ilê Aiyê, mas também da yalorixá que com os seus saberes e orientação espiritual transformou-se em uma referência para o povo de axé no estado da Bahia.
A atuação desta líder religiosa na comunidade é uma reafirmação da importância do papel das mulheres negras como principais baluartes na luta pela discriminação racial e cidadania do povo negro. Sendo assim a nossa candace parte para o mundo invisível deixando além de muitas saudades os frutos para as próximas gerações!
"



( Texto de : Ana Paula Fanon é Repórter, Produtora Cultural e ex-dançarina do Ilê Aiyê )


Mojúbà, Olorum Modupé, Kalofé, Motumbá, Mucuiu, Yá Hilda Jitolu.

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

' Eu sou tudo que eu vivo...

' Sou um pouco de todos que conheci, um pouco dos lugares que fui, um pouco das saudades que deixei, sou muito das coisas que gostei, dos amores que eu tive, do amigos que me acompanham. Entre umas e outras errei,
entre muitas e outras conquistei.