segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Por Erika Mader

"Meu trabalho exige que eu esteja no palco. Quando fora dele, sou cercada por câmeras e holofotes. Essa é a minha profissão. Esse é o meu ganha-pão. Mas enganase quem pensa que somente nós, atores, é que gostamos de um palco. Acho até curioso quando ouço alguém dizer que detesta falar para a câmera ou que não entende como eu consigo me apresentar em cima de um palco. A verdade é que o mundo está rodeado de palcos. Uns com tablado de madeira, luzes apontadas e uma plateia em frente, outros disfarçados, travestidos de lugar-comum. Uns até virtuais, com mural, álbum de fotos e páginas de fãs. Um segurança de porta de festa fazendo questão de barrar a celebridade sem convite, um advogado discursando em tribunal, um médico palestrante, um professor ou até mesmo um empresário exibindo a sua incrível apresentação em Power Point para a firma são atores em plena ação. Uns bons, outros nem tanto. Mas todos querem um p
alco. Todos têm o seu palco, como já nos adiantou Guy Debord, identificando a nossa atual sociedade dos espetáculos. A cultura dos blogs de moda conseguiu transformar até as ruas da cidade em passarelas. Palcos.
As meninas caminham como se desfilassem na semana de alta-costura de Paris. Mas com um estilo carioca-florido-despojado de ser. Uma despretensão. Um desapego. São todas atrizes à procura de um diretor, de um repórter para registrá-las e elevá-las à condição de cool. E elas vão virar referência para outras atrizes que também querem ser cool. E ser cool é um tipo de atriz em alta no mercado de formadores de opinião. E voltamos ao assunto com o qual iniciei esta análise. Como atriz, fico aliviada em saber que o meu palco tem dimensão, não é tão abstrato assim. Sabemos quando a cortina se fecha ou as luzes se apagam. É nesse momento que nos transportamos para novos personagens. De filhas, mães, irmãs, tias, esposas, mulheres e amigas.

O que venho observando ultimamente é um grande número de pessoas presas a personagens eternos. Máscaras que nunca caem. Holofotes permanentes. Precisamos conhecer o limite do nosso palco e aproveitar o tempo livre do break. Não há nada melhor do que descansar no intervalo. Respirar. Sem máscara, maquiagem ou figurino. O mais libertador momento. O do não ser."

quarta-feira, 1 de agosto de 2012




(...) "Naquele instante ele percebe, o ser que está recebendo a prece, que realmente a amizade não está ligada aos elos biológicos, amizade é o amor sublimado, na sua mais alta essência divina. Amizade é o sentimento mais puro que envolve a terra. Amor e paixão passam em várias experiência reencarnatórias, mas, a amizade são os companheiros de sempre, nas alegrias de sempre."


Autor: Bezerra de Menezes
Psicografia de Shyrlene Soares Campos



Dedicado aos meus, os de ontem, os de hoje, os de sempre.

Dai Costa