alco. Todos têm o seu palco, como já nos adiantou Guy Debord, identificando a nossa atual sociedade dos espetáculos. A cultura dos blogs de moda conseguiu transformar até as ruas da cidade em passarelas. Palcos.
As meninas caminham como se desfilassem na semana de alta-costura de Paris. Mas com um estilo carioca-florido-despojado de ser. Uma despretensão. Um desapego. São todas atrizes à procura de um diretor, de um repórter para registrá-las e elevá-las à condição de cool. E elas vão virar referência para outras atrizes que também querem ser cool. E ser cool é um tipo de atriz em alta no mercado de formadores de opinião. E voltamos ao assunto com o qual iniciei esta análise. Como atriz, fico aliviada em saber que o meu palco tem dimensão, não é tão abstrato assim. Sabemos quando a cortina se fecha ou as luzes se apagam. É nesse momento que nos transportamos para novos personagens. De filhas, mães, irmãs, tias, esposas, mulheres e amigas.
O que venho observando ultimamente é um grande número de pessoas presas a personagens eternos. Máscaras que nunca caem. Holofotes permanentes. Precisamos conhecer o limite do nosso palco e aproveitar o tempo livre do break. Não há nada melhor do que descansar no intervalo. Respirar. Sem máscara, maquiagem ou figurino. O mais libertador momento. O do não ser."
As meninas caminham como se desfilassem na semana de alta-costura de Paris. Mas com um estilo carioca-florido-despojado de ser. Uma despretensão. Um desapego. São todas atrizes à procura de um diretor, de um repórter para registrá-las e elevá-las à condição de cool. E elas vão virar referência para outras atrizes que também querem ser cool. E ser cool é um tipo de atriz em alta no mercado de formadores de opinião. E voltamos ao assunto com o qual iniciei esta análise. Como atriz, fico aliviada em saber que o meu palco tem dimensão, não é tão abstrato assim. Sabemos quando a cortina se fecha ou as luzes se apagam. É nesse momento que nos transportamos para novos personagens. De filhas, mães, irmãs, tias, esposas, mulheres e amigas.
O que venho observando ultimamente é um grande número de pessoas presas a personagens eternos. Máscaras que nunca caem. Holofotes permanentes. Precisamos conhecer o limite do nosso palco e aproveitar o tempo livre do break. Não há nada melhor do que descansar no intervalo. Respirar. Sem máscara, maquiagem ou figurino. O mais libertador momento. O do não ser."
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